Inventando
as certezas de um tempo calmo e nublado. Aquela vontade louca de andar
descalça em um lugar sereno, onde há paz e pássaros. Talvez mato, areia
ou assoalho, da sua casa.
O
despertador toca, preciso acordar, levantar e começar a trabalhar. Um,
dois, três cafés que completam os momentos sóbrios e sonolentos. Melodias tranquilizantes que soam os ouvidos e fazem lembrar. A gente sempre
espera melhorar o que temos por perto. Preciso da sua voz, do seu
refrão.
Mudando
as coisas de lugar, parecem que se movem sozinhas. Então, está bem. O
meu refrão, sem graça. Pois então, consegue ouvir? Não deixe pra depois o
que podemos fazer agora. Tudo o que não deu pra concertar por causa do
depois, deixa pra lá. O agora, o nosso presente, o nosso refrão está aí.
Acerta a coisa certa. A gente mesmo escolheu, e fizemos a escolha
certa, que um dia pode mudar, mas não vamos pensar. Com graça, me faz
sorrir.
O mundo não espera, não tem jeito não. Segure a minha mão.
Alguns
de nossos amigos se afastam, por quê? Justamente agora que temos um
sorriso no rosto. Isso não é certo. Eu não tenho um barco nem um carro,
não posso fugir. Cadê meus amigos? Deixa chover. Quando o sol aparecer
poderei estar cansada. Aquela importância já não existe mais.
Eu
vou te acompanhar, vou te ajudar a encontrar um caminho melhor e a
decorar o nosso refrão. Vamos ver o mundo girar de cima no tempo da
preguiça. Mas tudo bem, o dia vai raiar pra gente se amar, do nosso jeito.
Eu
não sou ninguém, nada além de outrem. Em busca do que é belo e vulgar.
Se você quiser, pode ir, pode me esquecer, mas me deixe o seu cheiro. Te
empresto minha neblina, pra você levar. Segue por aí, estarei
observando seu andar.
Nos inventando sempre que dá. Foi bom te encontrar, menino. Sou sua. És meu.
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