terça-feira, 26 de março de 2013

Perguntas sem Respostas


Qual o sentido da vida? Afinal, o quê importa? Batendo numa tecla quebrada que não mostra coisa alguma, apenas aumenta a vontade de bater, até que ela dê alguma resposta, imagem ou letra que decifre o que realmente é.
Por que o ser humano é tão cruel, invejoso, ciumento, inseguro, maldoso? Por quê? A vida acaba e não levamos absolutamente nada. Por que não aceitar as pessoas como elas são? Por que se afastar de um amigo que gosta de você? Por que não ter coragem de assumir as suas escolhas? Por que não perguntar se as pessoas estão bem? Por que não ter interesse? Por que deixar um copo sujo para os outros lavarem? O quê você faz da sua vida? O que você quer da sua vida? Provavelmente quer que as pessoas te respeitem, que as pessoas gostem de você, que as pessoas sejam legais com você. Mas e aí, o que você faz por elas?
Tem tantas pessoas dizendo por aí que desejam a felicidade dos outros pois gente feliz não enche o saco. Que merda! Vão para o inferno! O ser humano precisa de amigos, pra tudo, pra sorrir e pra chorar. Vamos ouvir, compreender, dar conselhos sinceros e certos, vamos querer o bem. Não importa se você não conhece a pessoa, talvez ela não tenha mais ninguém para conversar. As pessoas precisam das pessoas. Vivemos uns para os outros.

Por que sentimos tanta dor? Por que somos tão sentimentais? Choramos por carência, por abandono, por perda. Choramos por insegurança, por medo, por revolta. Somos tão fracos que desabamos quando algo acontece, seja lá o que for.
Por que sofremos tanto com a distância? Por que queremos tanto alguém? Temos medo da solidão.
Somos egoístas, queremos tudo do nosso jeito. Não pensamos nas pessoas que nos acompanham, que chorariam por nós.
Tantas pessoas boas, esforçadas, que estudaram e trabalharam a vida inteira, que cuidaram e se cuidaram, que se preocuparam, que sentaram para conversar e entender, que ajudaram, que amaram e agora estão numa cama de hospital, debilitadas, precisando de fraldas. É triste, revoltante e doloroso.
É esse o fim? O nosso destino?

Corremos perigo nas ruas, podemos ser assaltados, sequestrados, estuprados e até mortos por estúpidos que nem nos conhecem, que nunca nem vimos. Por que isso acontece? Por que as pessoas estão cada vez mais frias? Todos morrem e até as lembranças somem, e por que ainda continuar fazendo tudo errado?

Por que tanta seriedade? Por que tanto desânimo?
Por que a ganância? Por que a traição? Por que a falsidade? Por que a incompreensão?
Por que o sofrimento? Por que a solidão? Por que a carência? Por que o ciúme? Por que a insegurança?

Me diga o porquê de tudo isso. Por que nos sentimos tão perdidos? Tudo é tão simples, e gostamos tanto de complicar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Em busca do que é belo e vulgar.

Inventando as certezas de um tempo calmo e nublado. Aquela vontade louca de andar descalça em um lugar sereno, onde há paz e pássaros. Talvez mato, areia ou assoalho, da sua casa.
O despertador toca, preciso acordar, levantar e começar a trabalhar. Um, dois, três cafés que completam os momentos sóbrios e sonolentos. Melodias tranquilizantes que soam os ouvidos e fazem lembrar. A gente sempre espera melhorar o que temos por perto. Preciso da sua voz, do seu refrão.

Mudando as coisas de lugar, parecem que se movem sozinhas. Então, está bem. O meu refrão, sem graça. Pois então, consegue ouvir? Não deixe pra depois o que podemos fazer agora. Tudo o que não deu pra concertar por causa do depois, deixa pra lá. O agora, o nosso presente, o nosso refrão está aí. Acerta a coisa certa. A gente mesmo escolheu, e fizemos a escolha certa, que um dia pode mudar, mas não vamos pensar. Com graça, me faz sorrir.

O mundo não espera, não tem jeito não. Segure a minha mão.
Alguns de nossos amigos se afastam, por quê? Justamente agora que temos um sorriso no rosto. Isso não é certo. Eu não tenho um barco nem um carro, não posso fugir. Cadê meus amigos? Deixa chover. Quando o sol aparecer poderei estar cansada. Aquela importância já não existe mais.

Eu vou te acompanhar, vou te ajudar a encontrar um caminho melhor e a decorar o nosso refrão. Vamos ver o mundo girar de cima no tempo da preguiça. Mas tudo bem, o dia vai raiar pra gente se amar, do nosso jeito.
Eu não sou ninguém, nada além de outrem. Em busca do que é belo e vulgar. Se você quiser, pode ir, pode me esquecer, mas me deixe o seu cheiro. Te empresto minha neblina, pra você levar. Segue por aí, estarei observando seu andar.
Nos inventando sempre que dá. Foi bom te encontrar, menino. Sou sua. És meu.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Boas Lembranças

Lembro de uma das bandas de rock nacional que eu gostava quando tinha entre 11 e 13 anos, de uns caras maloqueiros e doidos que faziam uma música animada com poesia e um tanto de malandragem. Lembro também que eu achava o vocalista o gordinho mais lindo e tudo que eu queria era que minha mãe me levasse em Santos, para ver uma tal pista de Skate. E claro, lembro muito bem que respondi um daqueles "cadernos de perguntas" de alguém da escola, e na parte, "qual é seu sonho", respondi: Conhecer o Chorão do Charlie Brown Jr. Essa era a banda!
Meu irmão também gostava, e um dia comprou o CD Bocas Ordinárias, e foi ouvindo esse álbum que comecei a gostar, que por sinal é muito bom. Até que lançaram o acústico MTV e eu adorei! Queria comprar de qualquer jeito, e comprei.

Quando já tinha 13 anos, a banda Linkin Park marcou um show no Brasil, e qual banda estaria de abertura? CBJr. Mas como eu não tinha dinheiro, né? Meu irmão comprou o ingresso, por curtir a banda principal. Quando um dia minha prima vira e fala que ganhou um par de ingressos na rádio 89. Não tinha para quem vender, e deu pra mim. A felicidade foi a mil.
Que dia incrível! Minha mãe nos levou até o Morumbi e acabou ficando com a gente naquela fila que dava voltas no estádio. Que emoção, meu primeiro show de Rock. E como não tinha muito o que vestir para ficar pelo menos parecida com alguém que estava em um show daquele, fui com uma camiseta do meu irmão, do Linkin Park. Estava linda. Um dos shows mais animados que já fui, até por que foi o primeiro e em família. Inesquecível. Uma energia tão boa, e eu, sensível como sempre, chorei quando o Charlie Brown entrou no palco. A arquibancada vibrava. Emocionante. Realmente eu sai de lá outra pessoa. Aquele show fez eu começar a pintar as unhas de preto, rs. Que lembrança boa.

E hoje, recebo a triste notícia que aquele cara, gordinho e talentoso da banda que eu curtia, morreu. A princípio não acreditei. Mais uma piadinha do Facebook, talvez. Mas... é verdade, infelizmente. Peguei meu CD, coloquei pra ouvir e comecei a escrever, pois as lembranças vieram, junto com algumas lágrimas.


"Que bom viver, como é bom sonhar
E o que ficou pra trás passou e eu não me importei
Foi até melhor, tive que pensar em algo novo que fizesse sentido.

Ainda vejo o mundo com os olhos de criança
Que só quer brincar e não tanta responsa
Mas a vida cobra sério e realmente não dá pra fugir

Livre pra poder sorrir, sim
Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol.."