quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um dia não muito feliz...

 
Vivemos em um redemoinho de sentimentos. Um dia acordamos felizes, sorrindo à toa, em outro com uma vontade imensa de receber um abraço, de passar o dia no quarto chorando com uma música no último volume de fundo. Uma carência que nos sufoca, um desespero terrível de perder alguém ou de que algo possa não dar certo. Diversas coisas passam pela cabeça, criamos conflitos e parece que tudo em nossa volta se distancia cada vez mais.
Sabemos que isso vai passar, e pode ser até na próxima manhã, mas hoje, agora, está doendo, é agora que o peito está apertado e é agora que precisamos daquele abraço, daquele carinho, daquela conversa acolhedora. Mas infelizmente no momento só temos a cama e o travasseiro para nos acolher. E só de pensar nisso dói ainda mais.
Só precisamos dormir e acordar no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Talvez até um calmante pode ajudar, até por que, parece que nessas horas dormir se torna impossível e nos martilizamos todos os segundos com os olhos abertos.
Às vezes nem temos explicação para essa tristeza, ela simplesmente aparece destruindo completamente nosso humor. Sendo que ontem estava tudo bem e estávamos esbanjando alegria. Mas tem coisas que realmente não necessitam explicações, apenas a companhia seja lá de quem, da mãe, do pai, do irmão, da amiga, do namorado, já nos acalmaria e faria com que tudo melhorasse. O problema é tê-los por perto nessa maldita hora.

Sumir por algumas horas seria o ideal! Ir à praia e ver o sol nascer, andar descalça na areia beirando o mar e fazer amizade com um cachorro de rua que parece estar na mesma situação.
As confusões, os conflitos, a carência momentânea, está apenas dentro de nós. Criamos isso e somos os únicos responsáveis. Muitas vezes ninguém tem o mínino de culpa por esse sentimento estar à tona. Mas ninguém pode julgar o que acontece dentro dos outros. Apenas tentar entender e dar um abraço se não for pedir muito.

O sono chega de mansinho como quem não quer nada, e aquela canção continua soando às paredes. Não nos movemos durante à noite. Pois quando a tristeza bate forte, acordamos exatamente do jeito que deitamos. É tão intenso, tão doloroso que não conseguimos nem nos mover.
Ao acordar, com os raios de sol tentando entrar no quarto, levantamos com um peso, uma dor de cabeça terrível pelas diversas lágrimas da noite anterior. Mas ao sair de casa e receber um bom dia, notamos que aquilo foi apenas um sonho ruim e que hoje pode ser tudo diferente. Fraqueza? Temos de sobra. Não somos fortes o suficiente para aguentar tudo todos os dias. Infelizmente. Mas somos os únicos responsáveis por fazer o dia ficar bem.
Por isso amanhã eu vou estar melhor!

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